Dentro do moderno mundo dos negócios, o conceito de branding não é exatamente novo. Desde cedo, as empresas desenvolveram uma preocupação sobre com sua imagem e com o tipo e mensagem que sua identidade visual transmite aos clientes, fornecedores e concorrentes.

Nesse processo, é essencial compreender que o conceito de branding exorbita as nuances de design e de identificação. Para que uma empresa alcance destaque, sobretudo em face a um cenário altamente competitivo e à típica volatilidade do mundo dos negócios, mais do que uma boa visibilidade, sua marca deve transmitir uma estratégia, um posicionamento em relação ao mercado e seus players.

Da compreensão do dinamismo com que o mercado muda, e surge a necessidade de uma estratégia ágil e flexível, que permita que a empresa avalie os cenários e mude seu posicionamento. É aí que entra o rebranding como meio de manter a marca em destaque, diferenciando-se da concorrência para entrar no foco do cliente.

Logo, de maneira simples, mas não simplista, rebranding, por definição, é o processo estratégico de mudar o posicionamento de uma marca. Ou seja, é a redefinição de foco, de linguagem, de identidade visual. É uma nova definição da identidade da própria empresa.

Naturalmente, nenhuma mudança é fácil. Ainda mais, quando se fala em mudar tudo em uma empresa. O projeto envolve todo o futuro. Raramente soluções caseiras resultam nos efeitos pretendidos para a mudança. Por isso, quando uma empresa decide que é hora de mudar, precisa dos profissionais certos. E a contratação de uma agência de design capaz de analisar tudo ao redor da empresa e buscar o melhor caminho para reposicionar a marca de forma que a mudança seja bem-vista pelo mercado e nos seus resultados.

O case Apple

A evolução é inevitável. E quanto mais dinâmico for o mercado em que a marca estiver inserida, maior sensibilidade e agilidade serão necessários para reposicionar uma marca de forma bem-sucedida.

A Apple é uma das histórias mais impressionantes de redesign vistas nos últimos anos.

Ao se falar em volatilidade e dinamismo, as empresas do mercado da informática as têm em seus elementos definidores. Por isso, suas marcas são fortes e versáteis, procurando mostrar robustez e modernização para clientes que irão pagar caro por mecanismos-soluções, com potencial para durar na proporção do investimento feito.

A marca inconfundível da Apple, uma onomatopeia visual, é delicada e moderna, remetendo discretamente às suas raízes, cujo significado passa de imperceptível a invisível para a maior parte das pessoas, ao mesmo tempo que conquistou uma solidez invejável na mente de quem busca seus produtos.

O primeiro logotipo da empresa era uma gravura representando Isaac Newton sob uma macieira, momento em que o famoso físico foi alçado pela inspiração para suas pesquisas sobre a gravidade ao observar a queda de uma maçã (apple, em inglês). A imagem tinha uma inscrição Apple Computer que informava o objeto da empresa sem, contudo, enlevar qualquer referência à cena. Um símbolo que não atrai e nem representa modernidade alguma, senão, o contrário.

 A primeira mudança

No final da década de 1970, a Apple, mantendo a ousadia da ideia inicial, lança o logotipo clean na forma de uma maçã colorida. Um símbolo encarregado de transmitir a ideologia de uma empresa moderna com simplicidade e jovialidade. Um símbolo descolado, meio hippie, em meio a um mercado de tubarões de terno e gravata.

A intrigante mordida (bite, em inglês) da maçã é um belo trocadilho. Originalmente, em segundo plano, o conceito da maçã estava associado ao ícone bíblico do “fruto do conhecimento”, tema revisitado na forma de sugerir ao usuário uma “mordida no conhecimento”.

E a ousadia ainda maior nas cores representava ao mesmo tempo ciência, remontando, mais uma vez, às pesquisas de Sir Isaac Newton, desta feita com as luzes que, refratadas, explodiam nas cores do arco-íris, com a quebra de padrões ao inclui-las fora da ordem.

Tempos ainda mais novos

Na virada dos anos 80, a empresa em franca ebulição, lançando novos conceitos para uso pessoal da tecnologia, apresenta com suas novas máquinas-ideias um logotipo novo: a famosa maçã mordida, agora em roupagem minimalista e monocromática. Mais uma vez, alcançando a id de usuários por todo o mundo e tornando sua marca sinônimo da ideologia da Apple. Mais um quê da genialidade das mentes por traz daquela que se tornaria uma das maiores empresas de todos os tempos.

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